quinta-feira, 31 de março de 2011

Que saco! Ainda não acredito que meu telefone não vai tocar. Toca, toca, toca, por favor. Deixa eu continuar achando que tem motivo pro meu coração ainda que destruído, continuar batendo.

O telefone não tocou e já é noite, quase outro dia. A última coisa que eu queria no mundo era concordar com aquele idiota, mas havia acabado. A última coisa que eu queria ter lembrança sua era o adeus. A última coisa que eu queria era ter que escrever sobre o nosso fim. Justo você que eu achei que era o meu ponto final dessa vidinha de ficar escrevendo pra aliviar o coração que sangra. A última coisa. Você foi a última coisa que doeu por todas as outras coisas. Só porque insisto que tem pra sempre. Que tem amor. Que tem doce nessa vida. Mas não tem. Eles sempre vão embora, o coração sempre chora e eu fico sempre perdida. E cinza. Hoje, a certeza do nunca mais me apavora. Você não está aqui pra me acalmar. Então me deixa. Deixa eu sofrer mais um pouquinho, chorar mais um pouquinho, escrever mais um pouquinho. O sol amanhã vai nascer (embora minha vontade seja contra) e eu vou estar novinha em folha. Mas hoje deixa eu chorar toda a dor do mundo, porque simplesmente o cara que era o meu mundo resolveu que eu seria só mais uma. Não vou discutir com a dor do meu coração. Só ele sabe o que é ter que apanhar, apanhar e continuar de pé no ringue porque sempre vem outro lutador, deixa-o ganhar um pouco, achar que tá podendo e dá um golpe fatal. Um golpe fatal e sai. Vai embora triunfalmente: minha namorada? aquela otária? Claro que não. Amor não existe, e a gente, ah a gente era pura bobagem. Não éramos bobagem. Éramos pra sempre. Até você acreditar no que dizem, e esquecer o que eu dizia sobre te amar demais. Agora, deixa a minha vez de falar: meu namorado? aquele otário? Claro que não. Amor existe, e a gente, ah a gente, não era amor. Acabou, sabe como é.

Texto da Ana Flávia ( http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=100178236)

Nenhum comentário:

Postar um comentário